28/12/2010

CAEL Tema 3 - A Actividade de Grupo

Perspectivas sobre avaliação pedagógica: a avaliação das aprendizagens em contexto online

Esta actividade teve como objectivo proporcionar uma análise e reflexão sobre as perspectivas, princípios e modalidades/estratégias que têm vindo a emergir na literatura atinente às questões específicas da avaliação das aprendizagens no contexto da educação online.


1. O trabalho de grupo

Nesta actividade de pequeno grupo, trabalhei com o Nuno. Lidos e analisados os textos propostos, trabalhámos colaborativamente numa Wiki. A complexidade dos artigos, que não obstante se complementam na identificação de grandes linhas de força sobre o tema em estudo, convocando, cada um, vasta bibliografia de suporte, tornou dispensável o recurso a outras fontes adicionais.

atividade_3                                                            


2. Considerações em jeito de reflexão

Uma das maiores dificuldades, quando somos instigados à elaboração de uma síntese, em grupo, num número reduzido de páginas, é tentar encontrar apenas o essencial de cada artigo e saber redigi-lo de forma concisa e sucinta. Com esforço, isso foi conseguido no produto final.

Foi importante a consciencialização sobre diferentes tendências na organização de cursos online: o modelo mais tradicional transposto do ensino presencial e o modelo baseado em princípios sócio-construtivistas (ligado à educação dialógica e problematizadora e reflectido na construção social do conhecimento). Porém, a realidade revela não haver campos rigidamente estanques. 

Outra ideia central nesta temática está espelhada na reflexão final do nosso trabalho. Quando de concebem cursos online, é necessário que estes contemplem “um processo de avaliação completo que aponte para o conceito multidimensional da avaliação, para critérios válidos, juízos, decisões educativas, comentários, feedback dos professores e alunos, com o fim último de se obter uma aprendizagem progressiva e sólida”.

10/12/2010

CAEL Tema 2 - A Discussão no Fórum

Directrizes de qualidade no desenvolvimento/avaliação de cursos online




1. Síntese dos assuntos abordados
Verificaram-se participações nos seguintes tótpicos:
- As diferentes perspectivas presentes nos vários artigos (64 participações);
- Directrizes comuns e não comuns de qualidade no desenvolvimento/avaliação de cursos online (13 participações)

2. Destaque do contributo individual

Os artigos propostos para análise nesta actividade constituem um manancial de conhecimento sobre directrizes de qualidade no desenvolvimento/avaliação de cursos online. As sínteses elaboradas pelos diferentes grupos foram uma ajuda preciosa para nos embrenharmos nas ideias dos artigos. Não obstante, a diversidade de perspectivas e abordagens dificulta a percepção sobre os modelos com que nos deparamos. No sentido de ter um esquema visual da caracterização das diferentes propostas e da identificação dos fundamentos subjacentes a modelos de avaliação de cursos online, tomei a iniciativa de construir uma tabela no Google Docs. Aí coloquei os elementos essenciais da perspectiva presente em cada artigo e os colegas foram acrescentando elementos, nomeadamente na área do artigo trabalhado.
Aqui fica uma imagem do resultado.

Participei activamente ao longo da discussão e nos dois tópicos. A iniciativa de visualizar os principais elementos conducentes à identificação de directrizes de qualidade nos vários textos foi importante para fomentar o debate de ideias. Participei também prontamente na melhoria do mapa conceptual elaborado pelo colega Joaquim.  


3. Considerações gerais
Pretendi que a tabela iniciada por mim no Google Docs fosse esquemática, porém, os colegas foram acrescentando características. Felizmente o trabalho do Joaquim, no mapa conceptual, conseguiu identificar o artigo/estudo com mais potencial de qualidade, partindo de directrizes generalistas, a saber:
- professores com formação adequada
- planificação/ pedagogias/ metodologias/teorias
-  sistema informático/ tecnologia utilizada/ recursos
- aprendizagem centrada no aluno
- avaliação

A riqueza desta actividade consistiu, a meu ver, no facto de os participantes discutirem ideias consubstanciadas nos artigos e de as relacionarem com a actividade anterior: a qualidade no ensino e aprendizagem em cursos online.


4. Recursos do debate
Google Docs -
Mapa conceptual

05/12/2010

Sobre o MPEL 04

Sobre o MPEL 04

CAEL Tema 2 - A actividade de grupo

Directrizes de qualidade no desenvolvimento/avaliação de cursos online

Para o tema 2, “Directrizes de qualidade no desenvolvimento/avaliação de cursos online”, de entre os recursos disponíveis, seleccionei para trabalhar o artigo:
Achtemeier, S., Morris, L. & Finnegan, C. (2003) Considerations for Developing Evaluations of Online Courses, JALN, Vol 7, I.
Para isso juntei-me ao grupo, que por minha iniciativa, se designou “Grupo Developers” (Helena, Joaquim Lopes, Nuno e eu).

1. O trabalho de grupo
O trabalho de grupo consistia na leitura e análise do texto escolhido para se construir em conjunto uma síntese que focasse os seus principais aspectos, por forma a caracterizar a proposta de modelo/avaliação da qualidade de cursos online. Na elaboração do trabalho foram utilizadas as ferramentas do Moodle e do Google Docs, bem como o mail.
O trabalho final foi alojado no Scribd neste endereço (http://www.scribd.com/doc/44495023/Achtemeier-et-al)

Achtemeier et al                                                            

Aquando da apresentação do trabalho no fórum, colocamos a seguinte introdução, com uma questão para se poder abrir o debate na fase seguinte:

“Neste artigo de Achtemeier et al, a proposta de avaliação da qualidade de cursos online consiste na categorização de princípios recolhidos da revisão da bibliografia centrada nas práticas eficazes de ensino e aprendizagem em cursos online. Para se chegar a um quadro conceptual de itens orientadores da avaliação da qualidade dos cursos procede-se à comparação da presença destes princípios em itens que integrem instrumentos de avaliação em uso numa determinada instituição.

Lançamos-vos uma pergunta:

Se pretendesse construir um inquérito de avaliação da qualidade dos cursos online, quais seriam os principais aspectos que incluiria?”

2. A contribuição individual 
O contributo individual está comprovado na participação no fórum do grupo. Inicialmente tínhamos previsto que cada um faria uma síntese de uma parte. Apercebi-me que dado o aproximar do prazo para o términos da actividade, o mais sensato seria apresentar uma sugestão de síntese de todo o texto ao grupo. Esta iniciativa revelou ser a mais adequada, tendo sido a estratégia seleccionada pelo grupo. Com a colaboração de todos, o texto ficou pronto.


3. Considerações gerais
Ler, analisar e sintetizar artigos, quer individualmente quer em grupo, é das actividades que mais aprecio, já que integram uma competência em que tenho prática e facilidade e que considero ser essencial para a apreensão de ideias e conceitos importantes em todos os temas de CAEL.
Por condicionalismos ligados às características dos elementos do grupo, ou por força das circunstâncias, esta foi uma actividade em que se usou mais o fórum do grupo no Moodle para trabalhar do que o espaço do Google Docs criado e (pouco) usado para o efeito. A diferença notada foi no uso da plataforma, quase como ferramenta síncrona. Esta pequena mudança não alterou a qualidade do trabalho apresentado.
Conhecer a dinâmica de grupo é importante, no sentido de reconhecermos as capacidades de cada elemento e aproveitá-las para o fim comum. É necessário também saber quando é mais necessária a nossa intervenção, no caso de um dos elementos estar impossibilitado de participar em determinado momento, que pode ser fulcral. É o espírito de entreajuda a funcionar. 

CAEL Tema 1 - A actividade de grupo

Qualidade no Ensino e Aprendizagem em Cursos Online: Uma Teia de factores

O objectivo deste tema prendia-se com a análise de perspectivas sobre a qualidade em e-learning, no sentido de identificar questões e factores emergentes na respectiva avaliação. As competências foram estipuladas para clarificar conceitos correlacionados com a qualidade em e-learning e fazer o levantamento dos factores que determinam a qualidade de cursos online

1. O trabalho de grupo

Para a prossecução do objectivo da actividade, previa-se a leitura e a tradução dos artigos:
Penna, M. P. & Stara, V. (2008). Approaches to E-learning Quality Assessment.

Wisenberg, F. & Stacey, E. (2005). Reflections on Teaching and Learning Online: Quality program design, delivery and support issues from a cross-global perspective.


Para levarmos a cabo o trabalho colaborativo, optou-se pelo espaço de uma Wiki que foi criada pela Mª João (http://cael2010.pbworks.com/w/page/31893955/Atividade-1) Aí se procedeu à selecção do artigo e à parte individual a traduzir. Optei pelo 2.º texto, pelas páginas 387-388 (conforme a imagem).    


A actividade colaborativa de tradução foi intensa, atestam-no quer os comentários na Wiki, quer os vários tópicos de discussão no Fórum da Actividade 1, plataforma Moodle, (por ex., o tópico Tradução ‘Reflections on Teaching and Learning Online’ contou com 50 participações). As intervenções dos colegas não se limitaram ao artigo seleccionado.


2. Contribuição individual

Como a minha formação de base se situa na área das línguas e literatura modernas, e profissionalmente no inglês, senti ter capacidades para intervir com frequência e de forma sustentada. Percebendo a finalidade da tarefa, não fiz questão em defender de forma acérrima determinada proposta que porventura se adequaria melhor ao contexto e à correcção linguística.

 

3. Considerações gerais

Pessoalmente, encaro como interessantes as actividades que exigem tradução, pelo facto de, por vezes, algumas expressões exigirem definições de conceitos inerentes ao e-learning (caso contrário não haveria motivo para direccionar energia para a tradução). Reconheço, não obstante, desde o início do curso, que há várias designações no âmbito do e-learning sem equivalência do inglês para o português, que dão azo não propriamente a diferentes interpretações, mas a expressões inexactas para o contexto. Deixo o exemplo da expressão “instructor”. “Instructor” não equivale a “professor” nem a “instrutor”. A questão foi levantada logo no 1.º semestre na UC de Comunicação Educacional, tendo sido aceite a sugestão do Professor Quintas-Mendes para “formador”. No artigo “Reflections on Teaching and Learning Online…” é utilizado 8 vezes o nome “instructor”; na tradução do artigo é usada 5 vezes a expressão instrutor(es) e apenas uma vez aquela que seria a expressão equivalente mais adequada -  formador. Houve outras discussões e recomendações feitas no fórum que não foram seguidas na tradução no ambiente da Wiki. Evidentemente, estas questões não criam obstáculos ao desenvolvimento das competências previstas para esta actividade. No entanto, há pelo menos uma ilação a retirar: o e-learning é um sistema recente, estando a dimensão da “Presença Social” consolidada é necessário trabalhar mais para a excelência, sobretudo ao nível da “Presença Cognitiva”.  

CAEL - Roteiro de Conteúdos



Tema 1


Qualidade no Ensino e Aprendizagem em cursos online: Uma teia de factores

Objectivo: análise de perspectivas sobre a qualidade em e-Learning, procurando constituir um pano de fundo onde emergem questões e factores a considerar na sua avaliação.

Competências a desenvolver:
- Clarificar conceitos correlacionados com a qualidade em e-learning
- Fazer o levantamento dos factores que determinam a qualidade de cursos online


Recursos:


Penna, M. P. & Stara, V. (2008). Approaches to E-learning quality Assessment. http://isdm.univ-tln.fr/PDF/isdm32/isdm_pietronilla.pdf

Wisenberg, F. & Stacey, E. (2005). Reflections on teaching and Learning Online: Quality program design, delivery and support issues from a cross-global perspective. Distance Education Vol.26, 3, (385-404). http://casat.unr.edu/docs/Weisenberg2005.pdf



Tema 2

Directrizes de qualidade no desenvolvimento/avaliação de cursos online

Objectivo: caracterizar diferentes modelos de desenvolvimento/avaliação da qualidade de cursos online.

Competências a desenvolver:
- Caracterizar diferentes propostas de desenvolvimento/avaliação da qualidade de cursos online;
 - Identificar fundamentos subjacentes a modelos de avaliação de cursos online.

Recursos:
Achtemeier, S. D., Morris, L.V. & Finnegan, C. L. (2003). Considerations for Developing Evaluations of Online Courses. JALN 7, Issue 1.
http://www.edtechpolicy.org/ArchivedWebsites/Articles/ConsiderationsDevelopingEvaluations.pdfVolume

Carr-Chellman, A. & Duchastel, P. (2000). The ideal online course. British Journal of Educational Technology, Vol 31, 3 (229-241).
http://www.personal.psu.edu/users/k/h/khk122/woty/F2FHybridOnline/Carr-Chellaman%202000.pdf

Herrington, A., Herrington, J., Oliver, R., Stoney, S. & Willis, J. (2001). Quality Guidelines for online Courses: The Development of an Instrument to Audit Online Units. In G. Kennedy, M. Keppell, C. McNaught & T. Petrovic (Eds.) Meeting at the crossroads: Proceedings of ASCILITE 2001 (pp 263-270).

Tinker, R. (2001). E-learning Quality: The Concord Model for Learning from a Distance. NASSP Bulletin, Vol. 85, No. 628, 36-46

Holsapple, C. W. & LEE-POST, A. (2006). Defining, Assessing, and promoting E-learning Success: An information systems perspective. Decision Sciences Journal of Innovative Education, Vol.4 Nº1 (pp 67-85)



Tema 3

Perspectivas sobre avaliação pedagógica: a avaliação das aprendizagens em contexto online

Objectivo: proporcionar uma análise, reflexão e discussão sobre as perspectivas, princípios e modalidades/estratégias que têm vindo a emergir na literatura que aborda as questões específicas da avaliação das aprendizagens no contexto da educação online.

Competências a desenvolver
- Caracterizar perspectivas sobre a avaliação das aprendizagens em contexto online.

Recursos:
Barberà, E. (2006). Aportaciones de la tecnología a la e-Evaluación. RED. Revista de Educación a Distancia, Año V. Número monográfico VI. http://www.um.es/ead/red/M6/

Primo, A. (2006). Avaliação em processos de educação problematizadora online. In: Marco Silva; Edméa Santos. (Org.). Avaliação da aprendizagem em educação online. São Paulo: Loyola, v. , p. 38-49. http://www6.ufrgs.br/limc/PDFs/EAD5.pdf

Gomes, M. J. (2009). Problemáticas da avaliação online. Actas da VI Conferência Internacional das TIC na Educação - Challenges 2009.



Tema 4

Actividades, instrumentos e modalidades de avaliação em contexto de formação online

Objectivo: proporcionar uma análise, reflexão e discussão sobre as modalidades/estratégias, instrumentos e actividades que têm vindo a emergir na literatura sobre avaliação das aprendizagens em contextos de educação/formação online.

Competências a desenvolver:
- Definir e fundamentar diferentes modalidades, instrumentos e actividades de avaliação de aprendizagens em contexto online

Recursos:
Barrett, H. (2005). White Paper: Researching Electronic Portfolios and Learner Engagement. In Journal of Adolescent and Adult Literacy (JAAL-International Reading Association). http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/download?doi=10.1.1.123.1428&rep=rep1&type=pdf

Catherine, M., Luca, J. (2001). Quality in online delivery: What does it Mean for assessment in E-learning Environments? ASCILITE 2001 Conference proceedings.
http://ascilite.org.au/conferences/melbourne01/pdf/papers/mcloughlinc2.pdf

Hammond, M. (2005). A review of recent papers on online discussion in teaching and learning in higher education. Journal of Asynchronous Learning Networks. http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/download?doi=10.1.1.109.1716&rep=rep1&type=pdf

Mason, R., Pegler, C. & Weller M. (2004). E-Portfolios: an assessment tool for online courses. British Journal of Educational Technology, Vol 35, 6 (717-727)
http://www.sarasotaintranet.usf.edu/ir/Documents/DistanceLearning/mason.pdf

Vonderwell, S., Liang, X. & Alderman, K. (2007). Asynchronous Discussions and assessment in Online Learning. Journal of Research on Technology in Education; Spring 2007; 39, 3; ProQuest Education Journals, pg. 309
http://eric.ed.gov/PDFS/EJ768879.pdf

30/11/2010

Tema 1 - Identificação dos factores responsáveis pelo sucesso/qualidade de cursos online


A fase 2 desta actividade 1 pressuponha uma identificação dos factores responsáveis pelo sucesso/qualidade de cursos online. Apercebendo-me que os colegas estavam a realizar esta parte do trabalho de forma individual e a colocá-la no fórum geral, segui o exemplo destes. Com base nos artigos trabalhados, apresentei no fórum o seguinte texto, que transponho com pequenas alterações:


Identificação dos factores responsáveis pelo sucesso/qualidade de cursos online

Em primeiro lugar, é significativo o facto de a professora Lúcia Amante ter associado à qualidade do ensino-aprendizagem em contexto online, no título do tema, a expressão “uma teia de factores”. É de facto a imagem de teia que nos perpassa após a análise dos artigos: há vários factores, vistos sob várias perspectivas, tudo interligado sem linhas hierárquicas.

O artigo “Approaches to E-Learning Quality Assessment” dá-nos uma visão abrangente sobre a problemática em apreço. Um dado que não é irrisório prende-se com o facto de o e-learning ser um sistema recente, daí que ainda se façam esforços no sentido de estabelecer delimitações para o que se entende como “sucesso” – este dado é relevante para os interessados na investigação sobre o tema.

A um nível macro-estrutural são apresentados dois quadros referenciais o ISO/IEC19796-1: 2005 e o European Quality Observatory (EQO) que recomendam uma lista de sugestões e prescrições sem indicações para uma implementação em termos práticos. Interessará mais a grandes organizações e instituições conhecer estes quadros.

Fora deste âmbito macro, proliferam modelos de avaliação da qualidade do e-learning. São destacados dois, conceptualmente assaz distintos: o Modelo de Sucesso de E-Learning (de Holsapple e Lee-Post, 2006) e o modelo conceptual de Klein et al. (2006), o primeiro enfatizando a vertente da capacidade do estudante em estudar online e o segundo a vertente da motivação. Outros modelos, como o adoptado por Lime et al. (2007) amplificam as dimensões sobre as quais recai a eficácia do ensino online. Para um conceptor de um curso ou para um professor que ambiciona quer um bom desempenho dos estudantes, quer o funcionamento eficaz do curso é fundamental ter em consideração aspectos múltiplos como: a motivação e a auto-eficácia do formando, o conteúdo do ensino, o nível de comunicação entre formador e formando, o ambiente organizacional e a facilidade de uso dos recursos online, entre outros.

O segundo artigo traduzido (de Wiesenberg e Stacey, 2005) assume uma dimensão mais específica, pois parte de experiências de ensino. De novo ficou patente que a qualidade do ensino a distância depende da inter-relação de múltiplos factores relacionados com a concepção e implementação dos programas, da abordagem de ensino, das características e desempenho do professor e do estudante e do apoio institucional/administrativo da entidade formadora.

Considerações

Como estudante em e-learning, há três questões/factores que me suscitam interesse:
- A abordagem mista (ensino online com momentos em ambiente presencial) não é actualmente imprescindível para a construção de uma comunidade online, graças às possibilidades de comunicação proporcionadas pela Web (redes sociais) e aos ambientes virtuais sofisticados, como o Second Life.
- É pertinente verificar a relevância do desempenho dos vários papéis por parte do professor e a consequente influência repercutida no (bom) funcionamento/sucesso/satisfação de elementos interligados.
- O aspecto crítico da organização online, no sentido de o estudante aprender a gerir o seu tempo. Concordo com os autores quando afirmam que esta área carece de investigação. A meu ver, o peso avassalador do tempo dispendido neste tipo de ensino não passa apenas por uma melhor organização pessoal, passará também por alterações ao nível da concepção e implementação dos programas (metodologias e estratégias pedagógicas).

22/11/2010

CAEL Tema 1 - A Discussão no Fórum

Qualidade no Ensino e Aprendizagem em Cursos Online: Uma Teia de factores


1. Síntese dos assuntos abordados
Identificaram-se os factores de qualidade em e-learning em tópicos com sínteses individuais ou noutros tópicos que iam recebendo feedback de diverso tipo. Por sugestão da Professora, a discussão enveredou para a mobilização da experiência dos mestrandos online e para uma análise na perspectiva de futuros conceptores de cursos em e-learning e de futuros professores/formadores. A questão do retorno do investimento foi muito debatida.

Outros tópicos de discussão:

- Diferentes estilos de aprendizagem dos alunos e a sua adaptação ao contexto online.
- A utilização pedagógica dos meios tecnológicos
- Factores de qualidade do MPEL4
- Uma Teia de Factores
- Qualidade versus Sucesso?


2. Destaque do contributo individual
Nas minhas intervenções dei feedback às participações de alguns colegas, o que considero importante para imprimir um estilo de conversação, direccionado ao tema e redigido de forma a confirmar algo ou acrescentar algum pormenor. Tomei a iniciativa de iniciar um tópico intitulado “Parte 2 da actividade - Uma Teia de Factores”. Neste tópico, revi as intervenções dos colegas, nas quais era notória a “a inter-relação, em teia, dos factores que confluem para a qualidade dos cursos online”. Entre esses factores tinha surgido a vertente dos estudantes e da exigência de disponibilidade para o ensino online, a vertente dos professores, a concepção das UC, os benefícios da utilização da Internet. Finalizava apelando a intervenções que apontassem outros factores para acrescentar à teia.


3. Considerações gerais
A discussão no fórum foi muito participada, mas difícil de sintetizar, pois aglomeraram-se num só fórum tópicos relacionados com todas as fases da actividade, daí que a discussão propriamente dita tenha ficado dispersa e ou diluída.
Fomos brindados como um mapa conceptual, da autoria da Mª João que sintetiza a compreensão dos artigos estudados. Iniciou-se também uma partilha significativa de referências bibliográficas.


4. Bibliografia referida no debate

Sobre ISSO
http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/view/5774/4195
http://www.computer.org/portal/web/csdl/doi/10.1109/ICALT.2006.196
http://www.cniv.ro/2007/disc2/icvl/documente/pdf/invited/invited2.pdf

Outra
- Barros, D., M., (2008). Estilos de Aprendizagem. Slideshare. http://www.slideshare.net/cplp/estilos-de-aprendizagem (Estilos de aprendizagem)
- Gagné, R., Wager, W, Golas, K & Keller, J.M. (2005). Principles of Instructional Design. Belmont (CA): Wadsworth.
- Garrett, J. (2002). The elements of user experience: User-centered design for the web. Alga News Riders.
- Krug, S. (2006). Don't make me think: A common sense approach to web usability. 2nd ed. Alga News Riders.
- Morrison, D. (2003). E-learning strategies: How to get implementation and delivery right first time. Hoboken (NJ): Wiley.
- Pickett, A. (2007). What Works? Sloan-C. Slideshare. http://www.slideshare.net/alexandrapickett/the-role-of-a-successful-online-instructor-316504

Mapas conceptuais
http://www.mindomo.com/
http://cmap.ihmc.us/


19/05/2010

Learning object - Transparency in online education

For the learning object on transparency in online education I chose a glogster tool. It seems a bit naive because of the amount of gadgets, but it has a lot of information hidden. When you see an arrow click to read the text below. When you see a circle, click because it is a link. Don't forget to view in full size mode. For the references and other background information check my annotated bibliography on the same theme.
Transparency is seen here only in an online educational perspective.

12/05/2010

Síntese do debate em equipa sobre autenticidade e transparência na rede

1. Numa primeira parte era proposto averiguar em que medida a nossa identidade digital é um prolongamento da nossa identidade pública ou um campo alternativo de expressão de uma dimensão escondida da nossa personalidade íntima.


As apresentações centraram-se na questão da identidade digital que, a meu ver, vai para além da representação digital dos dados relacionados com uma pessoa, e na protecção de dados, extensível à privacidade. Dado que esta vertente se desviava do cerne da proposta inicial, afirmei que a nossa sociedade digital é um prolongamento da nossa identidade pública mas também pode ser (simultaneamente ou não) um campo alternativo de expressão de uma dimensão escondida da nossa personalidade íntima. Tal como no mundo físico assumimos “máscaras” para actuarmos de acordo com o contexto e imagem que se espera de cada um, também no mundo virtual, dada a sua considerável amplitude, se apresentam múltiplas e multifacetadas identidades e características, que podem ou não ser verdadeiras e que podem ser assinadas ou anónimas. A propósito de uma nova configuração psíquica decorrente da cibercultura, Nicolaci-da-Costa afirma que a Internet constitui um meio privilegiado para experimentação de novas formas de ser. São exemplos da nossa abertura aos outros, num passado recente com predominância de inter-relações anónimas (talvez reveladoras de dimensões escondidas da personalidade), os chats e blogues de natureza intimista; mais recentemente, predomina a comunicação com identificação (total ou parcial do sujeito), nomeadamente nas estruturas das redes sociais, do género do Twitter, já que neste espaço tal identificação pode conduzir a uma maior possibilidade de conexões significativas.


2. Este momento incluiu também a hipótese de se saber se o perigo da fraude intelectual (ex.: plágio) aumentou com o advento da Internet.


Este tema mereceu a atenção em dois tópicos semelhantes voltados para o contexto de ensino. Elencaram-se motivos para uma crescente prática de plágio e fraude da parte de formandos, desde o factor ignorância até à incompetência do formador. Foi facultada uma lista exaustiva de sites que permitem detectar o plágio em documentos digitais. Em meu entender, estes factos comprovam que a fraude intelectual se não aumentou, pelos menos tem sido potenciado por este meio sofisticado de comunicação e interacção. Pessoalmente, preferi tentar perceber que características intrínsecas da Internet poderiam explicar esta tendência. Assim, referi-me à virtualização. Segundo Silvana Monteiro, ao disseminar-se livremente documentos no ciberespaço, sem a necessidade da existência do exemplar físico, subverte-se a lógica do território e criam-se discussões que a legislação não consegue acompanhar por estar direccionada para outra realidade. A noção de Levy de “inteligência colectiva” contribui para que se encare questões como o direito de propriedade de forma fluída e adaptada a uma nova situação. A segunda característica, para a qual apenas apontei uma pista, prende-se com o facto de a rede através das ligações baseadas em hiper-links favorecer naturalmente a intertextualidade que implica “a identificação, o reconhecimento de remissões a obras ou a textos, por meio de links que fazem conexões com outros textos, permitindo tecer caminhos para outras janelas. Está relacionada [com a] característica do não-fechamento do hipertexto digital, que possui permanente abertura do texto ao exterior, sempre em constante mutação e expansão” (Silva). 


3. Na segunda parte do debate, questionava-se a possibilidade de alguma entidade particular ou alguém controlar a rede.


Do ponto de vista puramente informático, é possível controlar de alguma forma a rede através de software específico, nomeando-se inclusivamente a entidade ICANN como capaz de bloquear determinados campos da informação. De um ponto de vista não técnico, poder-se-á afirmar que não há nenhuma entidade particular ou alguém que possa controlar a rede. É um espaço aberto, mais acolhedor do que dominador, porque, contrariamente a outros media como a televisão, a imprensa e a rádio, não é um meio de difusão a partir de centros; segundo Lévy, a rede constitui um universal aberto sem totalidade. O sistema funciona por um mecanismo de auto-regulação, uma espécie de ecossistema, com a possibilidade de controlar e limitar o tipo de informação que aí se aloja. Registam-se também casos extremos como o do governo chinês que limita e controla o acesso do cidadão local à Internet.


4. Para finalizar perguntava-se em que medida a rede é segura e em que medida a informação nela partilhada é confiável e quem o pode garantir.


Pessoalmente acredito que a rede é segura se alojar nós de rede fiáveis e desde que o utilizador detenha as competências necessárias para encontrar no espaço labiríntico os fios conducentes à construção de uma novo sentido ou de um novo esquema de compreensão mental. Essas competências passam pela literacia informacional, entendida como a capacidade para encontrar, usar e comunicar a informação de forma eficaz e ética (Weiner) envolvendo a metacognição e o pensamento crítico. A informação segura e confiável encontra-se preferencialmente em portais pertencentes a organizações e instituições.

04/05/2010

Annotated Bibliography on transparency in online education

Annotated Bibliography on transparency in online education

The aim of this AB is to set a definition of transparency in online education and to understand its implications. The first article answers both objectives. In each article a particular dimension of transparency is further explored. It was important to distinguish between levels of aggregation of learners - groups and networks - and to justify the importance of the latter. Finally, we visualize an experience of real transparency.


1- Dalsgaard, C., & Paulsen, M. F. (2009). Transparency in Cooperative Online Education. The International Review Of Research In Open And Distance Learning, 10 (3). Retrieved from http://www.irrodl.org/index.php/irrodl/article/view/671/1301

Annotation
In this article the authors explore the potential of social networking within cooperative online education. They argue that social networking does not necessarily involve communication, dialogue, or collaboration but it rather reveals a unique characteristic: transparency facilitation. We are reminded of professor Paulsen’s theory of cooperative learning which seeks to develop a virtual learning environment that allows students to have the most favorable individual freedom within online learning communities. The authors state and demonstrate how cooperative learning can be supported by transparency. Several surveys and experiences (e.g. the CLIP - cooperative learner information profile) done at NKI exemplify cooperative learning can be supported by transparency.
Relevance
The importance of this article lies in the fact that it presents the authors’ definition of the topic of this unit “transparency”. Surely there are other ways of facing the topic, but here we get a focused definition of transparency as students’ and teachers’ insight into each other’s activities and resources in the sense that you and your doings are visible to fellow students and teachers within a learning environment. I point out the statement that transparency is a special kind of communication. In opposition to discussion forums, which are characterized by sharing messages or documents, social networking is individual or personal, being initiated by a personal page or profile. 


2 - Dalsgaard, C. (2009). Supporting Transparency Between Students. The International Conference on E-Learning in the Workplace 2009. Retrieved from http://person.au.dk/fil/16581515/Dalsgaard_Supporting_Transparency.pdf

Annotation
This paper presents the results of a case study that explores the potentials of weblogs and social bookmarking to support transparency in a university course. The objective of the case was to empower students by providing them with tools that would be visible to the other students in the course, thus, making students’ ideas, thoughts and questions visible to the other students in the course. The paper concludes that the use of digital media for transparency can support empowerment of students and inspiration among students in a course, but it adds a challenge: to create a balance between personal tools and tools for collaborative group work that are also suitable for transparency between students.
Relevance
In this paper transparency is also considered students’ and teachers’ insight into each other’s work, thoughts and ideas. It explores the learning potentials of social media as a way of supporting transparency, which is studied within an interesting angle: the way it promotes students’ empowerment. The assumption is that students are empowered when they become more present and visible in a course. Thus, transparency serves the purpose of supporting and encouraging participation.


3- Dalsgaard, C. (2008). Social networking sites: Transparency in online education. Retrieved from http://eunis.dk/papers/p41.pdf

Annotation
The aim of this paper is to address pedagogical potentials of social networking sites. Instead of the commonly accounted aspects of collaboration and user-generated content, the author explores another characteristic seen as the combination of personalization and socialization, supposedly present in networks such as Facebook, Myspace, Bebo and Ning. This combination has a potential to facilitate transparency between students, which in turn gives students insight into each other’s work. The article explores the ways social networking can be used by university students to share information and resources initially created/developed for themselves, and then available to others, e.g. bookmarks, references, links, and notes.
Relevance
In the context of e-learning studies, reading this paper further enhances the pedagogical potentials of social networking. We find, as in the other cited articles, a distinction between social networks and discussion forums. The starting point of the first one is the individual or personal with a profile or personal page while the second kind of social interaction always takes place in a shared forum. An aspect that should be highlighted, and from which we can learn, is the concern in defining the scope of the study: in here the subjects are university students.


4- Anderson, T. (2008). Networks vs. groups in higher education. [blog post] Retrieved from http://terrya.edublogs.org/2008/03/17/networks-versus-groups-in-higher-education/

Annotation
As the author of the blog Virtual Canuck, Terry Anderson, puts it, this text is “a rather long scholarly type post arguing for the use of Networks in addition to groups commonly employed in formal campus and in distance education”. The author starts   

by explaining the model he co-developed for network learning that centers on the three levels of aggregation of learners or “aggregations of the many”: the group, the network (which connects distributed individuals) and collectives (machine-aggregated representations of the activities of large number of individuals). As the group can be a problematic form of organization (in higher education) it needs to be supplemented by other models and the network is seen as a solution. Three arguments are presented to justify the inclusion of networks: the value of weak connections; increases in social capital and the development of lifelong learning skills. Aspects like the networking tools, privacy, learning activities and disruptive networks are also mentioned.
Relevance
The author believes networks offer increased opportunities in social and educational areas, so this power, present in tools and learning activities, motivates higher education institutions (and we could say e-learning institutions in general) to use it as an alternative to groups. This work contributes to a better understanding of the difference between levels of aggregation of learners.

5- Siemens, G. (2009). Teaching as Transparent Learning. [blog post] Retrieved from http://www.connectivism.ca/?p=122

Annotation
This is a blog post, expressing a personal account of how the author has gained (knowledge) being a transparent learner. Examples of prominent and transparent learners are given (Will Richardson, Terry Anderson, Stephen Downes, Grainne Conole). There are complex statements like: “Watching others learn is an act of learning” – meaning that those who share their thoughts and ideas in a transparent manner, through social technology, become teachers to those who are observing. Here lies the sense of the title which seems puzzling (teaching as transparent learning). The argument becomes clearer when the author declares that when we make our learning transparent, we become teachers.
Relevance
The post constitutes a personal insight of the theory of connectivism. Its essence is interestingly present in statements like: “The real value of the course [CCK08] was in fostering connections between learners and concepts.”  Although it takes some effort to understand the author's reasoning, the idea of transparent learning becomes a consolidated concept. Teaching is also or first of all being a transparent learner. We can conclude that building networks of information, contacts, and resources is not just learning, it is “transparent learning”.

 
6- Fernandes, T., Freitas, M., & Martins, M. L. (2009) Keeping up the pace: transparency and visibility. [Youtube video] Retrieved from http://www.youtube.com/watch?v=VRgTPKhule8

Annotation
This video, a learning object, shows how transparency supported some learning activities of a class while on a seminar on pedagogical processes of e-learning at Universidade Aberta. In a moodle platform, students create their own profile with links to their personal webpage and networks, for ex., twitter. The discussions in the forums lead to work published elsewhere on the web accessible to colleagues (and everyone else) and which undergoes peer-reviewing. The authors argue that the profile/personal page and individual work, while promoting visibility and transparency, facilitate the choice of a partner to work with, thus helping students to keep up the pace.    
Relevance
This is an interesting way of visualizing an experience of real transparency.


17/04/2010

Learning Object - Online Teaching Techniques

This is the accomplishment of activity 2, unit 2 of E-Learning Pedagogical Processes Seminar.

LEARNING OBJECTS – While knowledge objects are discrete items that can be integrated into lessons as, learning objects are more highly developed, consisting of discrete lessons, learning units, or courses. For example, a video clip from a speech is a simple knowledge object, but it becomes a learning object when a lesson is added to it. The principal benefit of knowledge and learning objects comes from their reusability. As far as e-learning is concerned, being discrete units, they can be incorporated into a wide range of courses or learning scenarios. (McGreal & Elliott – “Technologies of online learning”)




Notes
1- Publishing a rich PowerPoint online (using Slideshare or Scribd) puts some problems as you work loses its interactivity: links and Youtube videos, for example, disappear completely). This is something to think about before building the next learning object.
2- I’m Olympia at Slideshare.

14/04/2010

(Ciber)Cultura na era do incessante dilúvio

Cibercultura
Segundo Pierre Lévy, o termo cibercultura especifica um conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, atitudes, modos de pensamento e de valores que se desenvolveram com o crescimento do ciberespaço – meio de comunicação que surge da interconexão mundial de computadores e que engloba um universo oceânico de informações e os seres humanos que navegam e alimentam esse universo. A essência da cibercultura caracteriza-se pela universalidade sem totalidade. O universal é a presença virtual da humanidade em si mesma, resultante da interconexão generalizada, que se constrói não com base na identidade do sentido, mas realizando-se por imersão. Por totalidade entende o autor a unidade estabilizada do sentido de uma diversidade. O ciberespaço, sem centro nem linha matriz, quanto mais universal (extenso, interconectado, interactivo) menos totalizável. O programa da cibercultura, sem objectivo e sem conteúdo, convergente apenas sobre uma forma de comunicação não mediática, interactiva, comunitária, transversal, rizomática, orienta-se por três princípios: a interconexão, as comunidades virtuais e a inteligência colectiva. Numa perspectiva espiritual, a inteligência colectiva, distribuída por toda a parte, materializada na mobilização efectiva das competências, assumida como reconhecimento e enriquecimento mútuo das pessoas, é visionada como finalidade última da cibercultura.
 
Uma visão de cibercultura
Esta concepção constitui uma visão cultural, declaradamente optimista (e de contornos ontológicos) da experiência tecnológica que cada vez mais subjaz a todas as manifestações da vivência humana. Se bem que com aspectos utópicos (a inteligência colectiva como modo de realização da humanidade é exemplo disso), é despretensiosa ao assumir que não constitui uma solução para os grandes males da humanidade e, por isso, também, coerente. Apesar de ter sido escrita nos primórdios da utilização da Internet, a obra menciona um vasto leque de possibilidades e projecta antevisões de recursos que ainda hoje estão em fase de exploração; são exemplos, a aposta na comunicação em mundos virtuais e na valorização do ensino a distância, ainda que esta perspectiva seja conotada como visão utilitarista da Internet (1).
Pessoalmente relevo como pertinente dois aspectos. Um deles é a clarificação da noção de “virtualidade”. É importante desmistificar a ideia de que o virtual se opõe ao real, sobretudo porque o ciberespaço potencia a virtualização geral (conferindo-lhe a característica de abertura). Um outro aspecto prende-se com a assumpção de novas competências da parte do professor, exigindo-se agora que da difusão de conhecimentos (acessíveis através de motores de busca online) se passe ao incentivo à aprendizagem e ao pensamento, actividades centradas no acompanhamento e gestão das aprendizagens.
 
Exemplos de cibercultura
Ao longo da obra, vão sendo referidos exemplos do que constitui a vivência no ciberespaço. No que concerne as artes do virtual, Lévy destacou o caso da música digital, em geral, e da música tecno, em especial, por considerar que representam a figura singular do universal sem totalidade. Na educação e formação, é proposto um dispositivo informatizado em rede para gestão de competências em estabelecimentos de ensino, empresas ou associações – as árvores de conhecimentos – com o objectivo de possibilitar o reconhecimento da diversidade de competências de um indivíduo. Alguns tipos de jogos online são referidos como exemplo de comunicação por meio da construção cooperativa de um mundo, usando o dispositivo “todos-todos”.
Actualmente, proliferam exemplos de cibercultura, na acepção de Lévy. O exemplo mais representativo de expressão de cibercidadania, democracia, comunicação em diferentes vertentes, ou simplesmente de poder autoral é o caso dos blogues. A Wikipédia é um exemplo acabado de construção colaborativa, online e livre. O que distingue a Wikipédia de todas as outras enciclopédias é o facto de qualquer pessoa com acesso à Internet poder modificar qualquer artigo, e de cada leitor poder ser um potencial colaborador do projecto. Por sua vez, o Second Life é um exemplo de ambiente virtual e tridimensional, com grandes potencialidades em diversas áreas, incluindo a da educação e formação. 

(Contra) O dilúvio informativo
Relativamente ao dilúvio informativo, metáfora da representação religiosa que o autor deixa transparecer, a ameaça latente do desaparecimento da sociedade não é suficiente para mover os indivíduos à construção de novas arcas de Noé, isto implicaria ceder à ilusão da totalidade. Quando muito é aconselhável, como afirma Lévy, proceder à reconstrução de totalidades parciais à nossa maneira, de acordo com os nossos próprios critérios de pertinência, reconhecendo que essas zonas serão necessariamente móveis, mutáveis e em devir. É igualmente necessário filtrar o dilúvio informativo, o que ocorre graças ao funcionamento da própria “inteligência colectiva” e aos recursos (semi)automáticos disponibilizados pela Internet, que também facilitam a navegação e a orientação em termos de conteúdo. Numa vertente educativa, diria que a melhor defesa contra o dilúvio é o investimento na formação dos jovens cibercidadãos, conciliando-se “conhecimentos técnico-científicos com uma formação humanista que celebre os valores e as normas éticas” (2). Em especial, dever-se-á investir no desenvolvimento da ciberliteracia, orientando os jovens no desenvolvimento de capacidades para seleccionar informação, exercer o espírito crítico, resolver problemas, formular juízos, comunicar e pôr em causa o que sabe (3).


Referências
LÉVY, P., (1999) Cibercultura, São Paulo, Editora 34.
(1) RIBEIRO, F., “A Cibercultura de Pierre Lévy”,  A Criação. (acedido em 14 de Abril de 2010)
(2) MOREIRA, V., (2000), Escola do Futuro Sedução ou Inquietação?, Porto Editora (p. 90)
(3) SANTOS, M. S., (2003), A Educação para os Media no Contexto Educativo, Lisboa, Ministério da Educação (p. 17)

11/04/2010

Annotated bibliography – Online Teaching Techniques

The purpose of the annotated bibliography was to find, study and share materials related to online teaching techniques. First an attempt was made to set a definition or ground for the notion “teaching techniques”. Then it was established that since traditional and online teaching are different, effective online instructors need to follow key strategies. An example of a technique used to assess generic competences was presented – the e-portfolio. A set of eleven Web 2.0 tools was given as they enhance learning potential. Finally we referred to an ultimate tool/method – Second Life.


1. Paulsen, Morten. “Teaching methods and techniques for computer-mediated communication”. (Retrieved April 2, 2010)


Annotation
In this article Professor Paulsen sticks to his theory of cooperative freedom, which argues that (adult) distance students need individual flexibility and freedom as well as group collaboration and social unity. Teaching and learning take place within a system whose opportunities and constraints can be dealt according to the teaching methods and techniques applied.The system environment for his theory is one that applies Stubbs and Burnham's electronic distance education system on a Computer-Mediated Communication (CMC) based teaching system. It comprises learners, teacher, content, methods, techniques, and devices. A very relevant attempt to set a definition for the three components which constitute the process of adult education follows. Methods - based on Verner’s general distinction between individual and group methods, Paulsen adopts a framework of four learning approaches based on the four communication paradigms often used in CMC: one-alone ,one-to-one, one-to-many, and many-to-many.
Techniques - A pedagogical technique is a manner of accomplishing teaching objectives.
Devices - are instruments, audio-visual aids, physical arrangements, materials, etc., that enhance the education process. Four major devices are established to the four CMC methods: information retrieval systems, electronic mail systems, bulletin board systems, and computer conferencing systems.
Relevance
Although Professor’s table of methods, techniques, and devices applied in a CMC-based teaching system is somehow outdated, the article is important to clarify the notion of teaching techniques which is our working theme in this unit.   



2. Treacy, Barbara (2007). “What’s Different about Teaching Online?” EdTech Leaders Online (Retrived 10 April 2010)


Annotation
The author believes that the teacher remains the single most important factor for the student’s success either in the virtual or traditional classroom because good courses require good teachers. Opportunities and challenges are connected to the set of skills and requirements when you become an online teacher. She states that effective online instructors need training and ongoing professional development to build up their online teaching skills. This training is needed because there are key differences in the online classroom concerning the curriculum, the social dynamic, assessment strategies, and technical challenges. Then she provides nine key strategies for effective online teachers.
Relevance
It is important to understand the basic differences between traditional and online teaching. Another basic but still important idea is that online instructors need training and professional development. Methods, approaches and strategies (not necessarily new ones) will be adopted/adapted to this new learning system. The more it is explained and commented the better we will realize its importance. 


3. Krämer, J., & Seeber, G. (2009, September). "E-portfolios as tools to assess generic competences in distance learning study courses." eLearning Papers (Retrieved April 2, 2010)

Annotation
This paper concentrates on university distance learning courses with e-learning processes and on the need to evaluate students’ performance. The intention is to develop an assessment portfolio which at the same time integrates elements of self-reflection and feedback. First, the authors sketch the underlying competence model and identify generic competences as a part of academic goals. Next, they refer to the institutional and organizational background of distance learning courses. This leads to the necessity to practice assessments and to some conclusions on the arrangement of portfolios. As a last basic step they define the portfolio method according to the purpose of assessment. In the second part they draw some conclusions and assume that portfolios are appropriate for stimulating creative, collaborative and scientific learning strategies to set up the referring generic competences. They close the paper with some final considerations and suggestions on designing assessment portfolios.
Relevance
An e-portfolio is a digital compilation of documents describing a particular learning process or a whole learning biography. Portfolios have been increasingly used in all kinds of learning environments and institutions since the 1990s. This paper might be useful if you are interested in implementing and assessing e-portfolios.



4. Peachey, Nik. Web 2.0 Tools for Teachers (e-book at Scribd)

Web 2.0 Tools for Teachers                                                                   

Annotation
The document is intended as a simple introduction to some free Web 2.0 type tools that can be used by teachers who are interested in using technology in language teaching. It is conceived as a manual for English as a Foreign Language (EFL) and English as a Second Language (ESL) teachers describing to use a number of web based tools and learning technologies to assist in language development. It includes instructions on how to use the tools as well as teaching suggestions and examples. There are 11 tools included and these can be used to create a range of teaching activities that include all four communication skills including speaking. 
Relevance
Nik Peachey is a freelance educational consultant, writer and teacher trainer specializing in web based technologies for language learning and development. Although the tools explored in this e-book are directed to language teachers, the tools can be put to good use by online teachers to extent opportunities, enhance learning potential and develop the level of digital literacy that students will need for the 21st century.
Nik Peachey has just been brainstorming digital skills that he believes are required by teachers in the 21st Century. He has come up with 45 of them as well as striking comments:
  • few of the skills will have been taught to anyone who trained as a teacher longer than 5 years ago;
  • few of these skills are being taught to teachers training now;
  • the 21st century teacher needs to be a pretty amazingly skilled professional.
Are you prepared to 21st century e-learning?
Look through the list and tick on the ones you believe you have. Share your results and comments.


5. Warburton, Steven (2008). “Virtual spaces, Second lives: what are the potential educational benefits of MUVEs.” JISC innovating e-learning online conference 4-7th November 2008 (Retrived 8 April, 2010).


Annotation
This was a presentation given at the annual King's College London Institute of Learning and Teaching conference, aimed at highlighting current educational research within the institution and disseminating good practice. The talk is a kind of introduction to Second Life (SL) as a social virtual world. It articulates issues that make SL a challenging yet compelling arena for teaching activities. The talk considers how a first phase of simply diving in-world and trying things out is being extended by a second phase of serious research activity.
Using Dr Warburton’s own words (1), the emphasis in this work is to explore how teachers in short duration SL competency building classes have appropriated virtual spaces and have made use of tools and techniques that may be valuable in understanding what good practice is in MUVE-based teaching. The slides show the culmination of the preliminary data analysis in the form of a taxonomy of practices and a matrix that elaborates four areas of teaching that are formed by axes addressing control of the environment and pedagogical approach. The conclusions are that good practice in these workshops is exemplified by maintaining a close control over the teaching space combined with a reflective and process orientated teaching approach.
Relevance
SL could be the ultimate example of a many-to-many online teaching technique. This presentation elucidates clearly the affordances for education.

21/03/2010

Learning Object on Cooperative Freedom


Some years ago David Wiley defined a learning object as “any digital resource that can be reused to support learning”. In his work “Connecting learning objects to instructional design theory: A definition, a metaphor, and a taxonomy” he gives examples of small and large reusable digital resources and he explains his choice. The definition is focused on a homogeneous set of things: reusable digital resources and at the same time is still based on the original idea provided by the Learning Technology Standards Committee.

I chose Prezi for my attempt of a learning object because it was something I had never tried before and because I realized it really enabled reusability.
Check Wiley’s work here.

14/03/2010

Annotated bibliography - Cooperative Freedom


The purpose of this annotated bibliography on cooperative freedom is to gather information about this online educational theory, in an attempt to set up a definition and clarify its application to online education. This is a work in progress.


Paulsen, Morten. “Cooperative Freedom: An Online Education Theory.” Online Education and Learning Management Systems: NKI Forlaget, 2003. 39-50.


Annotation - In this article Professor Morten Paulsen presents his theory on cooperative freedom based on some existing theoretical perspectives and discusses how it applies to online education. He mentions the basic elements that define a distance education program and the implications of computer mediated communication (CMC) for distance education. The theory of cooperative freedom is defined as a theory of autonomy and independence which assumes that independently of motivational orientation, distance students need cooperation as well as individual freedom. This idea is represented as a hexagon and its facets are perceived as a continuum from individual freedom to dependence on others. Finally, the article discusses the difficult issue of combining individual flexibility and freedom with group collaboration and social unity within distance education.
Relevance - This article is the genesis of the theory of cooperative freedom as it is presented and explained by its creator – Professor Morten Paulsen.

04/03/2010

Experiência Educativa no Second Life


Mais uma experiência em grupo no Second Life (SL) para assistir a uma palestra com a investigadora Sarah Robbins (evento que integra a Virtual Worlds Education Roundtables 2010).
O entusiasmo súbito de alguns iniciantes neste mundo virtual pode constranger almas mais calmas, cínicas (na acepção filosófica do termo) e desconfiadas. Às vezes, é mais sentido o deixarmo-nos conquistar por algo que vamos conhecendo. Temos mais tempo para pensar sobre o sentido e a validade do recurso. Num mundo acelerado como este das novidades da Web, temos a sensação que muitas acções são feitas sem pensar: como são novas, os colegas já fizeram e é preciso inscrever-se para aceder aqui ou acolá, lá vamos seguindo a onda ou o “buzz” ou o “twit”… Sabe melhor a descoberta, o reconhecimento de que há potencial pedagógico.
Se não fossem as amarras do dever do curso sugeria uma palestra sobre os fundamentos metafísicos do SL ou fazia a proposta de escrevermos um romance no género da escrita criativa passado numa ilha do SL.
Ainda bem que há outro mundo onde podemos estar numa bancada, de pé ou sentados, a ouvir uma oradora e, simultaneamente, no mundo real, estamos a prestar atenção ou estamos a fazer outra coisa…

As transcrições da Virtual Worlds Education Roundtables 2010 podem ser vistas aqui. 

26/02/2010

Dicas básicas para editar um blogue de mestrado

www.marketingzone.co.uk



1. Comece pelo princípio, tente que o seu blogue seja único, quer seja pelo design, pelo aspecto formal dos “posts” ou pelo tipo de escrita.

2. Um blogue académico requer escrita tendencialmente formal. Para além da relevância do conteúdo, o texto deve obedecer a requisitos de correcção ortográfica e sintáctica. Se uma vez por outra optar por um “post” pessoal, é aceitável, informalmente, cumprimentar os colegas (mas lembre-se que se tem activada a predefinição de abertura do blogue a todos os leitores, o seu receptor é a rede mundial).

3. Adicione uma boa imagem, se possível original. Se não dispuser de fotos originais, recorra ao Google ou Bing Images, Photobucket, Flickr, etc. e indique a fonte ou deixe visível a hiperligação.

4. Os títulos devem ser apelativos, curtos e devem resumir o conteúdo do “post”. O título é um anúncio e as palavras-chave fazem com que este seja indexado aos motores de busca. Inspire-se nos títulos dos jornais.

5. Escreva textos curtos, entre 200 a 500 palavras. A linguagem da Internet é telegráfica, com frases curtas e pouca adjectivação para facilitar a leitura. Concentre o máximo de conteúdo no mínimo de texto, sistematizando e arrumando as ideias em pontos ou parágrafos. Se está interessado em expandir o tema e o texto, faça uma publicação de outra natureza.
6. Ofereça conteúdo em formato diversificado, áudio e vídeo. Não publique um “post” unicamente com a colagem de um recurso; apresente-o sucintamente e/ou fundamente a sua escolha para que o leitor se sinta motivado a abrir o documento.

7. Faça hiperligações, com moderação. É preferível colocá-las no final do “post” para não deixar o leitor escapar-se antes de ler o texto e fazer um comentário.

8. Deixe comentários nos blogues dos colegas, seus comentadores. Participe nos debates e responda às perguntas e/ou solicitações. Participe nas redes sociais do grupo.
Veja mais dicas para blogues em: Profblog e DailyBlogTips